É engraçado como a resposta quase sempre está focada na política; E, convenhamos, esse tema sempre dá muito o que falar 

Por Matheus Delbon

 

 Para abrir este espaço, vamos conversar um pouco sobre o meio onde vivemos. O que afinal são as cidades, além da dimensão política, dos debates eleitorais ou dos bastidores do poder?   

 É engraçado como a resposta quase sempre está focada na política. E, convenhamos, esse tema sempre dá muito o que falar. É como se somente a política eleitoral gerasse os serviços públicos necessários para reunir adequadamente milhares ou mesmo milhões de pessoas em um mesmo espaço.   

 Claro, é importante, mas não devemos esquecer que existe um grande número de profissionais e serviços em atividades diárias, para que tenhamos água à disposição, vias para trafegarmos, escolas para nossas crianças, rede de esgotos e local apropriado para o descarte do lixo. Enfim, a lista é imensa.   

Mas, para que esses serviços existam e funcionem adequadamente, é necessário a organização de um enorme aparato de administração pública.   

 Eu entendo que discutir ciência administrativa talvez seja mais chato que política, já que a administração envolve métodos, sistemas, formas de planejamento e coordenação. Mas vou tentar mostrar o outro lado dessa atividade que, embora não desperte paixões, tem um aspecto muito interessante para a qualidade de vida do cidadão.   

 Falar sobre administração pública é imaginar uma cidade melhor, com uma infraestrutura bem montada e em pleno funcionamento.   

 Se pesquisarmos as palavras “política” e “administração pública” no “Google Imagens”, por exemplo, podemos perceber bem a diferença entre essas duas áreas. Enquanto na primeira há dezenas de imagens de pessoas, na segunda há fluxogramas, esquemas, símbolos etc, como se não fosse realizada por pessoas.   

 Como os profissionais da administração pública não foram eleitos e fazem um trabalho impessoal, imaginamos que são apenas peças em um tabuleiro de xadrez e que será somente o governante de plantão que fará as jogadas darem certo ou não.   

 Ledo engano. Quem já ocupou um cargo de chefia em algum governo sabe que é exatamente o contrário, pois no serviço público temos algumas diferenças que invertem esta lógica.   

 A política é temporária e diversa e a administração pública, não. A cada dia o prefeito, o governador, o secretario etc. são menos chefes, já que os mandatos têm tempo determinado para acabar. Muito diferente das empresas, em que os cargos de chefia são mais duradouros.   

 Para pensarmos nesta lógica, de como melhorar nossas cidades independente do mandatário da ocasião, é que o convido para estarmos aqui toda semana, para discutir um pouco nossa vida em comunidade. 

  

* Esta crônica que você está lendo faz parte do livro “CIDADES EFICIENTES: Crônicas da administração pública”, de autoria de Matheus Delbon.

O autor gentilmente autorizou a republicação deste texto, desde que a fonte seja devidamente citada e o conteúdo não seja alterado ou adaptado de qualquer forma.

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A obra é uma coletânea de crônicas que aborda de forma brilhante o tema da administração pública e suas complexidades. Além disso, a linguagem simples e direta do autor torna a leitura acessível a todos.

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