Um estudo de caso da Estratégia de Empregos para Jovens de Brimbank

O texto a seguir foi adaptado do artigo original escrito por [nome da autora] e contextualizado para o cenário brasileiro. O objetivo deste artigo é compartilhar as ideias e conceitos apresentados no texto original, mantendo as mesmas bases e ideias.

A Estratégia de Empregos para Jovens de Brimbank, na Austrália, é um projeto inovador que coloca os jovens no centro do planejamento e desenvolvimento de políticas públicas. Este projeto oferece três razões pelas quais os governos devem priorizar os jovens no processo de formulação de políticas.

1. Compreensão única dos jovens que vivem, trabalham e estudam na comunidade

Os jovens são os especialistas de suas próprias vidas e a diversidade de suas experiências é vasta. Ao envolver os jovens no processo de desenvolvimento de políticas, os formuladores de políticas podem capturar e representar a complexidade e as nuances da vida dos jovens. No caso de Brimbank, a equipe responsável pela elaboração da estratégia era composta por jovens de diferentes origens, incluindo grupos marginalizados, como refugiados e imigrantes.

2. Engajamento efetivo dos jovens no processo de elaboração de políticas

Os jovens devem ser treinados, remunerados e envolvidos nas decisões sobre o projeto desde o início. A estratégia de Brimbank utilizou um modelo de contratação social, empregando jovens para criar soluções para combater o desemprego juvenil. Esse modelo permitiu que os jovens ganhassem habilidades, redes e oportunidades que aumentaram sua capacidade profissional e suas chances de encontrar empregos significativos.

3. Mudança na narrativa sobre o desemprego juvenil

Ao envolver os jovens no desenvolvimento da estratégia, foi possível criar uma nova narrativa em torno do desemprego juvenil e do planejamento de políticas. Isso desafiou a narrativa dominante que caracteriza os jovens como preguiçosos, mimados e indispostos a se esforçar. Em Brimbank, por exemplo, os jovens demonstraram forte conexão com a família e a comunidade, além de um desejo de passar seu tempo de maneira significativa para os outros.

Embora a Estratégia de Empregos para Jovens de Brimbank não resolva o desemprego juvenil da noite para o dia, ela fornece um estudo de caso bem-sucedido para uma abordagem diferente, e mais eficaz, na criação de políticas relacionadas aos problemas enfrentados pelos jovens. Essa abordagem envolve a participação ativa e significativa de jovens com experiência vivida no problema para moldar os desafios e desenvolver as soluções. No contexto brasileiro, essa abordagem poderia ser aplicada para enfrentar os desafios enfrentados pelos jovens em áreas como educação, emprego, saúde e segurança.

No contexto brasileiro, a adaptação dessa abordagem poderia trazer benefícios significativos para o desenvolvimento de políticas públicas destinadas aos jovens, considerando as particularidades do país. A seguir, apresentamos algumas sugestões de como essa abordagem pode ser aplicada no Brasil:

1. Estabelecer parcerias entre governos, organizações não governamentais e instituições educacionais

Para implementar uma abordagem centrada nos jovens, é fundamental estabelecer parcerias entre governos, organizações não governamentais e instituições educacionais. Essas parcerias podem proporcionar a criação de espaços de diálogo e colaboração, onde jovens de diferentes origens e realidades possam compartilhar suas experiências e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas.

2. Capacitar e valorizar a participação dos jovens

É importante oferecer capacitação e treinamento aos jovens envolvidos no processo de elaboração de políticas, garantindo que estejam aptos a contribuir de maneira efetiva. Além disso, é fundamental valorizar e reconhecer o trabalho dos jovens, remunerando-os adequadamente pelo tempo e esforço dedicados ao projeto.

3. Criar mecanismos de monitoramento e avaliação

Para garantir que as políticas públicas desenvolvidas com a participação dos jovens sejam efetivas, é necessário criar mecanismos de monitoramento e avaliação que permitam acompanhar a implementação das ações e medir seus impactos. Dessa forma, será possível identificar os pontos de melhoria e ajustar as estratégias conforme necessário.

4. Divulgar e disseminar boas práticas

Para inspirar outras iniciativas e promover uma cultura de participação dos jovens no desenvolvimento de políticas públicas, é importante divulgar e disseminar boas práticas e casos de sucesso. Isso pode ser feito por meio de publicações, seminários, workshops e eventos que envolvam os diferentes atores interessados no tema.

Ao implementar uma abordagem centrada nos jovens no Brasil, será possível desenvolver políticas públicas mais efetivas e alinhadas às necessidades e expectativas dessa parcela da população. Além disso, essa abordagem pode contribuir para a formação de uma nova geração de líderes e cidadãos engajados e comprometidos com a construção de um futuro melhor para todos.

Para garantir uma abordagem centrada nos jovens bem-sucedida no Brasil, é fundamental considerar as especificidades e desafios enfrentados pelos jovens no país. Diversos fatores podem afetar a empregabilidade dos jovens no Brasil, como a falta de acesso à educação de qualidade, a informalidade no mercado de trabalho e questões socioeconômicas. Assim, ao adaptar essa abordagem, é importante levar em conta os seguintes aspectos:

5. Inclusão e representatividade

Ao envolver os jovens no processo de elaboração de políticas públicas, é essencial garantir a inclusão e representatividade de diferentes grupos sociais, considerando fatores como gênero, raça, classe social e localidade. Dessa forma, será possível captar as múltiplas realidades vividas pelos jovens brasileiros e desenvolver soluções mais eficientes e contextualizadas.

6. Foco na educação e qualificação profissional

Uma das principais barreiras para a empregabilidade dos jovens no Brasil é a falta de acesso à educação de qualidade e a qualificação profissional adequada. Portanto, ao desenvolver políticas públicas, é importante priorizar ações voltadas para a melhoria da educação e a capacitação dos jovens em áreas relevantes para o mercado de trabalho.

7. Articulação com o setor privado

Para aumentar as oportunidades de emprego e inserção dos jovens no mercado de trabalho, é fundamental articular ações e parcerias com o setor privado. Essa articulação pode envolver a criação de programas de estágio, aprendizagem, empreendedorismo e inserção profissional, incentivando empresas a contratar e investir no desenvolvimento de jovens talentos.

8. Estímulo ao protagonismo e à participação cidadã

Ao colocar os jovens no centro da elaboração de políticas públicas, é possível estimular seu protagonismo e engajamento na construção de soluções para os desafios que enfrentam. Além disso, essa abordagem pode fomentar a participação cidadã e o desenvolvimento de habilidades de liderança e cooperação, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Adaptando essas estratégias ao contexto brasileiro, será possível desenvolver políticas públicas que realmente atendam às necessidades dos jovens no país. Essa abordagem também pode inspirar outras iniciativas e políticas voltadas para diferentes áreas, contribuindo para a promoção do bem-estar e desenvolvimento social no Brasil.

Conclusão

Em conclusão, adaptar a abordagem centrada nos jovens para o contexto brasileiro é uma maneira promissora de enfrentar os desafios enfrentados pelos jovens no país. Ao considerar as especificidades locais e regionais, é possível desenvolver políticas públicas mais efetivas e relevantes para melhorar as condições de vida e as oportunidades para os jovens. Colocar os jovens no centro do processo de elaboração de políticas não só valoriza suas vozes e experiências, mas também contribui para a construção de um futuro mais inclusivo, equitativo e próspero para todos os jovens brasileiros. Ao abraçar essa abordagem, o Brasil pode se tornar um exemplo para outros países na busca por soluções inovadoras e eficazes para garantir o bem-estar e o desenvolvimento dos jovens.

Adaptado do original: https://medium.com/@michaellim-co/3-reasons-why-governments-should-put-young-people-at-the-center-of-policy-design-542eb1129a22