A verificação ou auditoria é um processo essencial em qualquer organização, seja ela pública ou privada. O objetivo dessa atividade é realizar um exame crítico de uma operação ou atividade específica, bem como a situação geral de uma entidade, a fim de garantir que tudo esteja em conformidade com as normas e técnicas estabelecidas e recomendadas por órgãos profissionais.

A história da verificação remonta aos antigos impérios do Egito, Grécia e Roma, onde a atividade era usada para garantir que os funcionários cumprissem seus deveres e responsabilidades, sem abusar de seu poder ou extrair benefícios pessoais da riqueza do Estado. Ao longo do tempo, a verificação tornou-se um meio de controle em estados modernos e sua independência remonta a Aristóteles, que já afirmava que o auditor deveria estar livre de qualquer intimidação ou influência por parte das autoridades.

A verificação é considerada essencial para reduzir as assimetrias de informação entre proprietários e gestores. Através dela, é possível verificar se as informações fornecidas pela entidade auditada são verdadeiras e justas, e como os gestores utilizam os recursos confiados a eles de forma econômica, eficiente e eficaz. Além disso, a verificação valida o cumprimento de procedimentos e regras, garantindo assim a transparência nas ações dos gestores.

Existem três principais formas de verificação no setor público: auditoria financeira, auditoria de gestão e auditoria operacional. A auditoria financeira tem como objetivo fornecer garantia de que as informações financeiras fornecidas pela entidade auditada são verdadeiras e justas. Já a auditoria de gestão tem como objetivo esclarecer a forma como os gestores utilizam os recursos confiados a eles. Por fim, a auditoria operacional visa validar o cumprimento de procedimentos e regras.

Para que a verificação seja eficiente, é fundamental que o auditor tenha competência e independência. A competência é presumida no caso da auditoria financeira, mas a independência é abordada pelos reguladores em momentos de crise de confiança na auditoria. Por isso, é importante que o auditor esteja livre de influências e pressões externas que possam prejudicar sua objetividade.

A verificação é uma prática em constante evolução, adaptando-se às mudanças no ambiente em que está inserida. A auditoria ambiental e a auditoria baseada em risco são exemplos dessa evolução. Além disso, a verificação também é ampliada na sociedade em geral, o que levanta algumas críticas. Isso ocorre porque muitas vezes há uma disparidade entre o que os auditores fazem e o que os diversos stakeholders que usam contas auditadas gostariam que eles fizessem.

Em resumo, a verificação é uma prática essencial para garantir a transparência e a confiabilidade das informações financeiras e operacionais de uma entidade. Para que seja eficiente, é fundamental que o auditor tenha competência e independência. Embora a verificação seja uma prática em constante evolução, é importante que seus objetivos principais permaneçam os mesmos: fornecer informações confiáveis e garantir a transparência nas ações dos

gestores. A verificação é uma atividade importante para que os políticos e gestores possam prestar contas de suas realizações e explicar suas ações de maneira mais crível e transparente, especialmente em um contexto altamente político.

No entanto, é importante ressaltar que a verificação não é apenas uma questão de conformidade. Ela também pode ser uma ferramenta valiosa para identificar oportunidades de melhoria e aprimorar a eficiência e eficácia das operações e gestão da entidade auditada. A auditoria de gestão, por exemplo, pode ajudar os gestores a identificar áreas que precisam de melhorias e desenvolver soluções para otimizar o uso dos recursos.

Além disso, a verificação também desempenha um papel importante na proteção dos investidores e outros stakeholders, fornecendo informações valiosas sobre a saúde financeira e operacional da entidade auditada. Isso é especialmente importante no setor público, onde a transparência e a responsabilidade são fundamentais para manter a confiança do público na instituição.

Em termos de evolução da verificação, é importante destacar que a tecnologia tem um papel fundamental a desempenhar. A tecnologia da informação, por exemplo, pode ser usada para automatizar processos de controle e procedimentos de auditoria de rotina, liberando o tempo dos auditores para se concentrarem em tarefas mais complexas e de maior valor agregado. Além disso, a análise de dados e a inteligência artificial também têm um papel importante a desempenhar na verificação, ajudando os auditores a identificar anomalias e tendências que podem ser indicativas de fraude ou outras questões significativas.

Em resumo, a verificação é uma atividade crítica para garantir a transparência e a confiabilidade das informações financeiras e operacionais de uma entidade. Embora a prática esteja em constante evolução, seus objetivos principais permanecem os mesmos: fornecer informações confiáveis e garantir a transparência nas ações dos gestores. Para que a verificação seja eficiente, é fundamental que o auditor tenha competência e independência e que se adapte às mudanças no ambiente em que está inserida, aproveitando as oportunidades oferecidas pela tecnologia e outras inovações.

Segue quadro comparativo

Verificação Auditoria
Exame crítico de uma operação, atividade ou situação de uma entidade Exame crítico de uma operação, atividade ou situação de uma entidade
Baseada em normas e técnicas estabelecidas e recomendadas por um órgão profissional Baseada em normas e técnicas estabelecidas e recomendadas por um órgão profissional
Pode assumir três formas principais no setor público: auditoria financeira, auditoria de gestão e auditoria operacional Pode assumir diversas formas, tais como auditoria financeira, auditoria interna, auditoria de conformidade, auditoria de sistemas, auditoria de qualidade, entre outras
Objetiva fornecer garantia de que as informações financeiras fornecidas pela entidade auditada são verdadeiras e justas Objetiva fornecer uma opinião sobre a adequação e eficácia dos controles internos da entidade auditada
Validade dos procedimentos e regras Avaliação da conformidade com as normas e regulamentações
Pode ser realizada internamente ou externamente Geralmente realizada externamente
Pode ser realizada em uma base voluntária ou legal Geralmente realizada em uma base legal
Pode ser realizada por auditores internos, legislativos ou externos Geralmente realizada por auditores externos
É uma ferramenta importante para garantir a transparência e a confiabilidade das informações financeiras e operacionais da entidade auditada É uma ferramenta importante para fornecer informações valiosas sobre a saúde financeira e operacional da entidade auditada e proteger os investidores e outros stakeholders
Pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria e aprimorar a eficiência e eficácia das operações e gestão da entidade auditada Pode ajudar a identificar áreas de risco e fraude e a desenvolver soluções para mitigá-los
Tem como objetivo principal garantir a transparência nas ações dos gestores Tem como objetivo principal fornecer uma opinião independente sobre a adequação e eficácia dos controles internos da entidade auditada

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